Ao falarmos em mudanças, no ambiente corporativo, visualizamos as que ocorrem com grande impacto, como: a migração de sistemas, alteração da sede, uma nova cultura, novos gestores. E também mudanças de pequeno impacto como: cancelamento de uma reunião, inclusão de uma atividade, chegada de um novo colega de setor, retirada de um armário do lugar. Entendemos mudanças como alterações que acontecem, previamente planejadas ou não.
Para que as mudanças tenham sucesso é imprescindível que as pessoas envolvidas consigam acompanhar e se adaptar. Nesse momento trazemos para a cena a flexibilidade cognitiva, onde ela permite que a pessoa faça associações mais rápidas, consiga criar novos conceitos com base nos existentes ou elaborar algo totalmente novo. Essa habilidade é geralmente considerada parte da função executiva do cérebro.
Há pessoas que apresentam a flexibilidade cognitiva mais desenvolvida, seja pelas experiências de vida, pela forma de se colocar no mundo e assumir riscos. Porém há pessoas que apresentam um pensamento rígido, uma maior dificuldade em estabelecer novas associações diante um novo cenário, optando por seguir a mesma linha de raciocínio sempre.
A flexibilidade cognitiva é tida hoje como umas principais softskill, ao lado adaptabilidade e criatividade. Uma pessoa com flexibilidade cognitiva desenvolvida é capaz de resolver com maior agilidade problemas complexos e também elaborar melhores estratégias.
Uma grande aliada da flexibilidade cognitiva é a atenção, o estado de auto consciência da pessoa no momento presente, quanto mais ela estiver no aqui e agora, envolvida de fato com o que está acontecendo, mais rapidamente ela conseguirá compreender o cenário e acionar as suas experiências e conhecimentos prévios para resolver uma situação ou migrar de uma atividade para outra.
Investir no desenvolvimento da flexibilidade cognitiva é proporcionar aos integrantes de um time, maior segurança para viver as mudanças constantes que passamos na vida, seja profissional ou pessoal. Principalmente no mundo atual, cada vez mais VUCA, (volátil, incerto, complexo e ambíguo).
Ações como: praticar meditação e exercícios físicos, aprender algo diferente, cultivar o bom humor, compreender efetivamente o que está lendo, alterar a rotina, são exemplos de aliados para o desenvolvimento da flexibilidade cognitiva.
Proporcionar experiências que convidam as pessoas a vivenciar uma nova maneira de se relacionar com a vida é um caminho, para criação de ambientes mais criativos e adaptáveis a mudanças.
Para exercitar a flexibilidade cognitiva:
Pense em um problema/dilema do seu trabalho.
Escolha algo que pareça muito distante do seu segmento de atuação. Ex: trabalho no segmento de tecnologia e escolho uma pizzaria.
Mergulhe no universo do segmento que você escolheu (ex: pizzaria) e faça analogia entre as atividades, explore, seja curioso, investigue e certamente você terá bons insights para o seu dilema.
Pratique frequentemente!